sexta-feira, setembro 07, 2012

Mudança, eis a questão!


O reflexo das relações familiares modernas na vida do jovem

Papai marrento. Mamãe protetora. Irmão ciumento. Irmã fofa. Esse já não é mais o padrão da família brasileira, pelo menos, não o único! Os papais já são protetores. As mamães já são marrentas. Os irmãos já podem ser fofos. E as irmãs? Ah, quanto ciúmes... Ao passo que o quebra-cabeça fixo e bonitinho da representação de um lar é desmontado o comportamento dos jovens também o é.
Antes queríamos liberdade, hoje, de fato, independência financeira nos basta. A nova geração de adolescentes já não “luta” tanto assim pela tal liberdade tão almejada pelos jovens de um tempinho atrás. Primeiro, porque os pais (muitos) conseguem manter um equilíbrio entre a rigidez e o deixar livre. Segundo, porque nós, brasileirinhos, enxergamos no regulamento das nossas asas muitas vantagens. Este quando pensamos em gastos desnecessários como supermercado mensal, tarefas domésticas, atenção e carinho gratuitos. Aquele quando lembramos termos o total controle da chave do nosso quarto, por exemplo. Sair por qual motivo? Antes saíamos em busca da liberdade e da independência. Agora temos liberdade e independência necessária na nossa própria casa.
Não existe uma única peça certa. Se encaixar, mesmo com pequenas falhas, já está de bom tamanho. Sexo frágil já trabalha fora de casa. Sexo forte já fica em casa cuidando dos filhos. Avós já têm um papel maior do que aquele de receber os netos apenas aos domingos. Filhos com duas casas. Filhos com duas mães. Filhos com dois pais. Há quem diga serem todos esses diversos “tipos” de organização familiar prejudicial à vida dos jovens, alegando que os novos caminhos tomados por eles (pais, mães, avós...) nos deixariam confusos. Enganam-se em parte. Enquanto o bom convívio e o amor recíproco reinarem nas casas toda mudança será sempre bem-vinda.
A mudança é notória. Os jovens já cortam uma de suas asas e abrem mão do voo. O chefe das casas já não é mais inflexível. A árvore genealógica toma um rumo diferente a cada esquina. E diferente do quebra-cabeça jogado pelas crianças, este aqui, o da família brasileira, pode faltar peças ou simplesmente nem ser tão simétrico assim.

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