Esportes e
Oportunidades para o indivíduo e para a nação.
Seremos palco da Copa do Mundo em 2014. Seremos
palco das Olimpíadas em 2016. Somos, hoje, palco da ‘Educação Física’ como um
enfeite na grade curricular escolar. Já vivemos um espetáculo todos os dias: a
nação que bate no peito orgulhosa por ser o país do futebol é a mesma que,
hoje, corre contra o relógio a fim de terminar as obras para os tais “shows” e
incentiva de forma meramente superficial o esporte nas escolas. Prontos? A cortina
se abriu.
O país da bola mostrará a cara brasileira
ao mundo. Sim. Deveríamos estar radiantes. Empregos, economia, reconhecimento
mundial, tudo se move com os dois acontecimentos- Copa e Olimpíadas- que
prometem entrar para história. Prometem. Cumprirão, contudo? Uma parte de nós,
esperançosos, acredita que no final tudo dará certo. Não haverá caos nos
aeroportos nem no nosso trânsito conturbado. Não haverá atrasos embaraçosos nas
obras. Não causaremos uma má impressão com a violência nem com as brigas de
torcidas. O nosso melhor lado prevalecerá. A outra parte de nós, mais racional,
teme que tudo desmorone e “criemos” um Brasil irreconhecível. Em um ponto, no
entanto, tanto esta quanto aquela concorda: recebermos o mundo aqui vai divulgar
o nosso verde-amarelo lá fora. Se tudo ocorrer bem vamos ser lembrados pela
nossa constante alegria, se não... Vamos ser tachados de irresponsáveis e
desorganizados. Subimos no palco e agora temos que atuar!
O esporte não é para ficar no papel. Pesquisas
comprovam que quase 85% dos
jovens de hoje fazem educação física na escola só porque é obrigatória e vale
nota. Muitos dizem até gostar um pouco, porém aulas teóricas entediam os alunos
e afastam os que poderiam ser bons atletas. Além disso, não com pouca
frequência, são divulgados casos de pessoas livres das drogas ou recuperadas de
lesões “irreversíveis”, por exemplo, pelo efeito do esporte. Ainda assim,
vangloriando as medalhas e títulos conquistados ao longo da história
brasileira, medidas de incentivo à prática esportiva- ainda- não é uma regra. Subimos
no palco e nesse quesito fomos vaiados.
Um futuro promissor e um presente nem tanto
proveitoso. Assim é o enredo do esporte brasileiro. Não precisamos ser ouro em
todos os aspectos; os grandes atletas já erraram (e muito) no passado. Somos leigos
sim ao não incentivarmos nossos brasileirinhos a terem uma rotina de exercícios
físicos, mas não tão leigos que não possamos mudar essa realidade. Que no fim o
espetáculo concretize-se como um sucesso e todo o elenco: indivíduo + nação,
seja muito aplaudido.
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