domingo, maio 29, 2011

4-Entalada, literalmente!


-Oi, Carol. Diga.

-Mabi, venha aqui em casa hoje. Domingão parado da merda.

-Tá. Tô indo. Vou sou tomar um banho. Beijo.

A casa de Carol é meio parada de segunda a sábado, imagine ao domingo! Mas amiga é amiga. Tenho que ir.

Tomei meu banho, coloquei um short e uma camiseta, e peguei minha bolsa.

- Tchau, pai.

-Vai aonde?

-Vou à casa de Carol. Mais tarde eu volto.

- Mabi, vê se não demora lá, filha. Não gosto de vê você fora de casa.

-Tá, pai. Eu não vou demorar. Tchau.

-Leve a chave. Eu vou sair.

-Ok.

Peguei a chave e fui. Não era muito longe da minha, mas andava um bocadinho.

-Oh, meu DEUS! Quem é esse?

-Bom dia! 401. Casa de Carol. Diz que é a Mabi.

Caraca, o novo porteiro do condomínio era muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito lindo. Ela devia ter me avisado. Aposto que já está de olho. Safada!

-Senhora, pode subir.

-Obrigada.

Gente, quantos anos aquele porteiro tinha? Senhora é a bisavô- deu vontade de dizer. Cara de pau.

Bati a porta e Carol logo me atendeu.

-Entre rápido. Menina, você viu o novo porteiro? Lindo não é? Achei seu par perfeito.

-Meu?

-É, menina. Eu já vasculhei alguma coisa sobre ele. Está estagiando aqui. Tem 18 anos, faz faculdade de engenharia civil, solteiro.

-Você me chamou aqui para mostrar meu par perfeito e não mandou eu me arrumar?

-Mabi, eu to fazendo um favor a você e ainda reclama comigo?

-Tá. Desculpe. É que eu fiquei mexida com ele.

Aquela tarde na casa de Carol foi quase perfeita. Falamos o tempo todo falando de Tiago. É. Lindo nome mesmo. Quis não demorar muito para vê se conseguia vê-lo mais uma vez hoje.

-Tchau, Carol!

Quando cheguei à portaria, o portão da passagem dos carros estava um pouquinho aberto. Eu querendo dá uma de “lerda”, sorri para Tiago (Ah!) e fui passar pelo buraquinho. Adivinhem?

É ISSO MESMO. E-N-T-A-L-A-D-A. Literalmente. Minha cor mudou instantaneamente. Vergonha é pouco. O cara da minha vida estava me vendo em maus lençóis.

Sai correndo. E pensando o que ele pensaria de mim. Paciência. Mabi, sua burra! Quis dizer e disse mesmo a mim. Perdi o Tiago.

):

sexta-feira, maio 27, 2011

Glamourização do crime


Crime sempre foi sinônimo do mau- ou deveria. De um lado, o perigo de ser meter com marginais, do outro a recriminação da sociedade. Então, é ruim... Não?! Hoje, nem tanto. A crescente glamourização do crime nos mostra que não. Sem querer (ou querendo, talvez!), isso induz não só o jovem de uma classe considerada baixa, mas também o de “berço” a seguir uma carreira especializada em roubos, seqüestros, tráficos.

Dinheiro fácil e rápido quem não quer? Nesse capitalismo sufocante em que vivemos, todos; ou pelo menos a maioria. É essa a atração que se pensa de imediato ao vermos tantas pessoas no mundo criminal; mas não é apenas isso. A idealização denunciada nos meios de comunicação mostra o outro lado do crime. O infalível, o que nunca será desmascarado, o que ganha rios de dinheiro e traz felicidade. Praticidade eis a questão. O que muita gente ganha em um ano, um bandido ganha em uma ligação telefônica, em um “OK”.

Em muitos sofás em frente à televisão ou ao lado do rádio já surgiram muitas dúvidas: De quê adianta tanto estudo? Tanto esforço? O mesmo resultado posso ter se eu virar um ladrão... Será que pode? Claro que não. Porém é isso que está sendo mostrado. E a cada dia, mais pessoas acreditam nisso. Iludem-nos todos os dias. Os mais sensatos sabem a verdade. Os mais fracos serão mais uns que encantados cairão nas garras dessa roda gigante.

Negar que os meios de comunicação formam um exército poderoso não é a questão, pois fazem mesmo. Idealizam, fascinam e atraem vários de nós até o mundo do crime. Mas se sabemos que isso acontece é porque um dia esse encantamento tem fim. E se não um fim, uma trégua!

sábado, maio 21, 2011

Idealizado?


Eu quero um amor que me leve ao céu,

Que me faça rir,

Que me faça parecer a última pessoa do mundo,

E a mais linda...

Eu quero um amor que me faça ver estrelas,

Ou a Lua, o Sol- sei lá!

Que me faça ver, não importa o quê.

Que me faça...

Eu quero um amor que me responda com um sorriso,

Com um abraço, um beijo...

Que me pergunte com um olhar, um gesto

Que me entenda com um suspiro, com outro olhar...

Eu quero um amor,

Quero amar e ser amada,

Em pleno dia, em plena noite.

Eu quero um amor...

domingo, maio 08, 2011

Aprender com os acertos aheios


O que podemos aprender com o exemplo japonês que consegue se preparar para tragédias, já que não conseguimos nos preparar sequer para nossos dramas!
Os desastres naturais tornam-se comuns a cada dia aqui no Brasil. Felizmente, não temos terremotos nem tsunamis, no entanto, o medo das enchentes estampado nas caras dos brasileiros já é algo natural. O que podemos aprender com as tragédias japonesas para resolver nossos dramas?
Os transtornos no verão já fazem parte da nossa rotina. Mesmo assim, ainda não conseguimos evitar tantas mortes e destruição. E são apenas enchentes! E se fossem terremotos? E se fossem como os do Japão? Estaríamos preparados para enfrentar tamanho desastre? Conseguiríamos domar a fúria da natureza? Talvez não...
A questão não é ser melhor nem pior, e sim saber aprender com os nossos erros ou com os acertos de lá- não que também não acertamos! Mover os elementos de comunicação já seria um bom começo. Não procurar um culpado- apesar de ser a primeira coisa que fazemos-, mas tentarmos achar uma solução de imediato. E, muito menos, aumentar o preço dos alimentos e da água só porque a população está em estado de calamidade- isso é o cúmulo!
Aqueles detalhes podem fazer a diferença. Que o Japão é um país cercado de tecnologia, nós sabemos. Além disso, planejamento e disciplina o cerca também. Porém, se, pelo menos, juntássemos o óbvio à comunicação salvaríamos muito mais vidas. Afinal, ser surpreendido com as chuvas de verão rigorosas aqui no Brasil é como ser surpreendido como o Natal no fim do ano!

segunda-feira, maio 02, 2011

Qual o papel da mulher na sociedade brasileira atual?


Cuidar da casa, do marido, dos filhos são ainda papéis da mulher no Brasil- não os únicos! O que antes era uma obrigação, hoje faz parte do conjunto (imenso, por sinal) dos desejos femininos. Até ser presidente da república já parece algo fácil! Nem precisaríamos ir tão longe, ter o direito de votar já nos bastaria- mas fomos.

A mulher, hoje, é referência de que vencer barreiras contra o preconceito é possível. Possível, mas não fácil. Não é como chegar a uma empresa, mostrar o tal currículo repleto de especializações e pronto; está empregada. Isso custou a acontecer. A mulher tinha (e talvez, em alguns casos, ainda tenha) que mostrar competência ao quadrado, provar que não está ali só por diversão. A busca intensa por um espaço no mercado de trabalho tornava os dias mais longos e, consequentemente, mais cansativos (seria ironia do destino para a “dona de casa” se cansar?), porém isso apenas retardou o tão esperado objetivo, não o impediu de ocorreu.

O “sexo frágil”, agora, além de ter ainda o “dom” para os fins domésticos possui espírito de liderança, poder de ser ouvida, coragem de enfrentar os mais duros trabalhos típicos de homens (por exemplo, em construções) até os mais tediantes e burocráticos (em empresas, na política). Liberdade seria a palavra certa para se descrever o atual estado da mulher brasileira. A aprovação de uma sociedade patriarcal e machista já é passado. Podemos sorrir ou fazer cara feia sem medo de ser repreendida entre os cantos da casa chefiada pelo marido. A capacidade de sustentar com o nosso salário é visível. Sexo frágil mesmo?

Percebe-se que o início do século XXI indica uma vitória em relação às mulheres daqui. Soa até como uma etapa encerrada. A evolução do comportamento delas e o tratamento dado a elas se escancara em todos os meios de comunicação. Daqui a não muito tempo: “A sociedade brasileira antes homens versus mulheres, hoje homens mais mulheres”