quinta-feira, dezembro 01, 2011

Guerra dos Sexos



Rosa é de menina,
Azul é de menino,
Se precisa separar
Branco de quem será?

Menina não anda sem camisa
Menino senta de pernas abertas
Menina não pode beijar qualquer um
Menino não pode ver um bumbum!

Se os direitos são iguais,
Expliquem-me, por favor,
Por que o homem que xinga é machão
E a mulher tem falta de educação?

Mulher tem que ser fiel
E homem tem o instinto de trair
Que história é essa? Não, não
Se existir um sentimento humano,
Com certeza é a traição.

Um pai diz a sua filha:
- Você nunca vai namorar!
Um pai diz a seu filho:
- Pega logo, sei que vai arrasar!

Se o azul fosse mesmo de menino
E o rosa exclusivo às meninas
Personalidade estaria escassa
E das diferenças todos achariam graça.

Velhice



E agora, o que virá?

Para uns, a velhice é o grande fim;
Para outros, o início do começo.
Para uns, envelhecer é tornar-se chato;
Para outros, é continuar chato...

O que para muitos é sinônimo de tristeza;
Para outros, é antônimo de solidão.
O que para muitos é apenas dar conselhos;
Para outros, é mostrar a luz no fim do túnel...

Quando somos crianças queremos crescer,
Quando somos adultos queremos voltar à infância,
Quando formos idosos entenderemos que não é a fase que importa
E sim, a maturidade e sabedoria acumulada!

Só na velhice descobriremos o quanto fomos felizes;
O quanto fizemos bobagens;
O quanto machucamos, fizemos sorrir;
O quanto amamos e fomos amados.

As rugas não irão tirar dos nossos olhos a alegria;
A dor nas pernas não nos deixará covardes;
A pontada nas costas não nos assustará;
Porque são apenas sinais que a vida valeu a pena!

quarta-feira, outubro 05, 2011

Liberdade ou liberdade?



“Ações, como as dos prefeitos do Rio de Janeiro e São Paulo, que visam internar compulsoriamente viciados, são um caminho adequado para combater um dos maiores males da contemporaneidade- as drogas?”


       Ainda somos rondados pelo monstro das drogas. Os viciados além de se destruírem, provocam transtornos nas próprias famílias e arrancam lágrimas de meros telespectadores.Analisando dessa forma a internação compulsória parece ser um poderoso antídoto, mas põe em guerra inúmeras questões a serem discutidas com imensa cautela.
       Forçar a recuperação, talvez, seja uma medida pouco inteligente. No entanto, não fazer nada é menos ainda. Há quem afirme que o tratamento imposto não dá resultados, mas o eco emitido pelo uso de entorpecentes – aniquilamento, extermínio, devastação- faz as autoridades se preocuparem em encontrar um método público visando à redução do número de dependentes no Brasil. Perdemos jovens, crianças e muitos adultos para as drogas todos os dias e consequentemente para os crimes, para a prostituição, para a morte. Não é um problema individual: é social e coletivo. Apreender, mesmo que forçado, agora merece um pouco de crédito.
       Recolher nem sempre é sinônimo de acolher. Pôr em clínicas só para criar uma falsa capa da realidade brasileira não adianta. Estamos cansados de estatísticas sem resultados. Antes uma minoria de viciados bem tratados que muitos mantidos em clínicas mal equipadas, sem condições humanitárias, com pseudo-profissionais, sofrendo maus-tratos... Tratamento assim não é tratamento, é um convite ao retorno às drogas, incentivo à violência e repulsão a outros métodos de ajuda. Apreender, mesmo que forçado, agora merece supervisão.
       As drogas não vão ser escassas num piscar de olhos. Algo que precisou de tempo para se espalhar precisará de um conjunto de providências que nem sempre serão eficazes. Internar é uma delas, e pode acarretar sucesso se bem supervisionada. Maquiar apenas esconde as imperfeições, pois logo após uma pequena lavagem os defeitos tornam a aparecer e exigirão novos reparos!

terça-feira, outubro 04, 2011

Poder da conexão.


“O poder da mobilização política na Internet- entre a luta por liberdade e o vandalismo.”

Os internautas, hoje, e a rapidez da internet formam um exército poderosíssimo. Não há repressão que possa dá jeito. No entanto, a mesma ferramenta utilizada como um grito por liberdade serve também para acionar a violência.

Se um dia os homens revolucionaram ao criar o telefone, o que dizer da internet? Algo de outro mundo... Não! É desse mesmo. Esse potente meio de comunicação possui uma carreira que provoca sérias discussões. Infelizmente, como tudo na vida, não oferece só benefícios- o que não são poucos. De um lado, radicaliza o nosso poder de atuação em tudo. Ganhar voz e vez em um país que já viveu tempos de ditadura parece pouco diante de tanta sede de agir como protagonista. A velocidade das redes sociais faz fortalecer a opinião pública: Escancara, escandaliza e exige mudanças. Faz-se uma onda tão gigante que torna impossível o famoso esconderijo “debaixo do tapete”!

Do outro, a mesma Internet, faz propagar preconceitos e ações violentas indignas de uma sociedade “globalizada” em pleno século XXI. O Orkut, o Facebook e o Twitter transformaram-se em armas incontroláveis que violam estupidamente o direito à liberdade. É algo tão assustador que paralisa toda uma geração que busca sossego e tranqüilidade. Marcam-se encontros virtuais para roubar, matar, espancar. Combinam-se hora e lugar, divulgam-se como e ainda marcam-se “churrascão” para comemorar o sucesso das atividades cruéis. Como pode cara e coroa de uma mesma moeda- Internet- serem tão distintas?

O mundo conectado merece uma limpeza drástica. Joguemos fora o que não serve para evoluirmos (preconceito, ações violentas) e preservemos o que esse mundo nos dá de melhor: liberdade, educação e comunicação. Online, um planeta usando a internet da melhor forma deve atrair milhões de seguidores.