terça-feira, junho 19, 2012

3ª Guerra Mundial?




Liga-se a TV e lá vem o bombardeio. É gente confinada em “Reality”. Gente ficando careca por paixão ao ofício. Nas novelas? Finais sempre felizes. E por aí vai... Passamos mesmo os nossos momentos livres com esses controles remotos chefes?

O ponto de convergência nem sempre vale a pena. Reservam tempo demais mantendo o mesmo episódio- por mais importante que seja- no ar. E essa exacerbação de abordagem vai desde um brilhante gol olímpico a um caso de estupro, por exemplo. Enquanto gastam rios de horas na mesma notícia o mundo gira e age sem parar. A televisão deveria ser tida como um meio que objetiva o lazer e a informação e não uma máquina de “replay”. O que vemos, ao contrário disso é que nem sempre o primordial é uma notícia de qualidade aos telespectadores, mas sim a colocação no ranking do ibope televisivo.

A alienação é dentro e fora da telinha. Canais esquisitos e vários fanáticos assistindo. Programação de humor transformando-se em um de drama e milhões curtindo. Programas de culinária migrando para a linha repórter sem nem sequer percebermos. Nós, de fato, só assistimos o que nos oferecem. Eles, porém, só nos oferecem o que assistimos. Se os controles remotos ainda permanecem ligados, mesmo que migrando de canal, há dúvida que essa mesma programação vai persistir?

Há exércitos poderosíssimos em busca do prestígio na televisão. Usam as armas mais inusitadas possíveis. Surpreendem, enganam, exageram e até informam! Não nos esqueçamos, entretanto, que a autonomia do controle ainda é nossa. E a forma mais eficaz de sairmos ilesos dessa é clicar no “Power”. Pronto. Tratado de paz nessa guerra.

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