Liga-se a TV e lá
vem o bombardeio. É gente confinada em “Reality”. Gente ficando careca por
paixão ao ofício. Nas novelas? Finais sempre felizes. E por aí vai... Passamos
mesmo os nossos momentos livres com esses controles remotos chefes?
O ponto de
convergência nem sempre vale a pena. Reservam tempo demais mantendo o mesmo
episódio- por mais importante que seja- no ar. E essa exacerbação de abordagem
vai desde um brilhante gol olímpico a um caso de estupro, por exemplo. Enquanto
gastam rios de horas na mesma notícia o mundo gira e age sem parar. A televisão
deveria ser tida como um meio que objetiva o lazer e a informação e não uma
máquina de “replay”. O que vemos, ao contrário disso é que nem sempre o
primordial é uma notícia de qualidade aos telespectadores, mas sim a colocação
no ranking do ibope televisivo.
A alienação é
dentro e fora da telinha. Canais esquisitos e vários fanáticos assistindo.
Programação de humor transformando-se em um de drama e milhões curtindo.
Programas de culinária migrando para a linha repórter sem nem sequer
percebermos. Nós, de fato, só assistimos o que nos oferecem. Eles, porém, só
nos oferecem o que assistimos. Se os controles remotos ainda permanecem
ligados, mesmo que migrando de canal, há dúvida que essa mesma programação vai
persistir?
Há exércitos
poderosíssimos em busca do prestígio na televisão. Usam as armas mais
inusitadas possíveis. Surpreendem, enganam, exageram e até informam! Não nos
esqueçamos, entretanto, que a autonomia do controle ainda é nossa. E a forma
mais eficaz de sairmos ilesos dessa é clicar no “Power”. Pronto. Tratado de paz
nessa guerra.
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