terça-feira, julho 26, 2011

Consumo e Padrão de Beleza

Carecas prendam os cabelos!

Agulhas, fome, agulhas mais uma vez. Vale o que vier para conquistar o tão famoso “Padrão de Beleza”. Homem, mulher, crianças; todos têm vez. Está grande, tira a metade; pequeno, coloca o dobro e assim por diante. Ninguém está vacinado para tamanha doença. E a cada dia, perdemos mais um pouquinho do que realmente somos ou do que queremos ser.

Hoje, o padrão é um; ontem outro bem diferente; há dúvida que amanhã será algo novo? Se os meios de comunicação fossem verdadeiros oftalmologistas enxergaríamos melhor; porém eles só nos confundem. Puro “Marketing”. À sociedade são apresentadas duas opções: A primeira, que para alcançarmos a felicidade é necessário seguir o caminho gritado nas telas coloridas e nas páginas estampadas; a segunda, que se assim não fizermos não seremos felizes. Isso não é escolha! Afinal, ninguém vai escolher ser infeliz... Donos do nosso próprio destino? Não mesmo. Somos guiados por uma plaquinha flexível, e se hoje ela indica que devemos prender o cabelo, até os carecas arrumam um jeitinho.

Indireta ou diretamente o consumo depende das nossas escolhas. Caso aconteça o contrário deve-se perceber que o escravismo não foi abolido. E desse lado da moeda não foi mesmo. Esgotados as calças coloridas e os esmaltes flourescentes, logo, logo arranja-se outro adereço que se torna uma febre. Movem-se as lojas, movem-se os salões de beleza; enfim o comércio. E nesse bolo gigante, ainda cabem os psicólogos (movidos pelos responsáveis com medo da “loucura” dos menores), os nutricionistas, as academias. O que era para ser uma gostosa brincadeira- A Beleza- passa a ser uma tremenda bagunça!

Talvez, ser promovido a subordinador vai exigir um pouco mais de maturidade do planeta. Deveremos, então, agir com sensatez. Quando tivermos finalmente com tudo no lugar (bumbum durinho e bíceps definidos), a plaquinha será, mais uma vez, acionada e informará que tudo caído é bem mais bonito e está na moda! E como bons e obedientes escravos lá irão rios de dinheiro em agulhas.

quarta-feira, julho 13, 2011

Isso não merece aplausos!


Bullying, que necessidade é essa de ferir moral ou fisicamente outro ser humano?

Não é de hoje que agressões diárias são observadas entre coleguinhas de escola, profissionais no local de trabalho, e até mesmo no lar entre os familiares. No entanto, se a moda é rotular tais agressões; vamos lá: bullying. Esse sim é mais um no topo da pirâmide das ações humanas. Como se quem o praticasse fosse tratado com superioridade.

O bullying é um ímã de coisas ruins. Quem pratica bullying hoje, pode ser o bandido de amanhã. Quem é agredido hoje, pode ser o bandido de amanhã também. Casos de vítimas e agressores estampam as páginas policiais e mancham a reputação do “Ser Humano”. Ou não se deve chamar as pessoas que implicam com as diferenças dos nossos “semelhantes” de seres humanos? Talvez não mesmo.

Igualzinho a uma peça teatral. Como personagens principais têm-se a vítima de um lado, representando o bem, e o agressor do outro- enfocando o mal. O ontem; o hoje; e talvez, o sempre serve como tempo. A casa, a escola ou qualquer lugar (melhor assim) serve de espaço. O foco narrativo pode ser em primeira pessoa ou em terceira. O discurso? Bem direto, com direito a longos ou curtos diálogos. E como um típico teatro ainda tem direito à platéia, mas nunca a aplausos!

O que leva uma pessoa a praticar o bullying? Vá saber... Os motivos podem ser infinitos, mas o resultado é um só- destruição. Destruição no mais radical significado. Então, que tomates sejam jogados no palco, que a platéia toda se levante e que os personagens procurem outro papel, pois esse não serve a ninguém.